Há dez anos, assinava o contrato da WAY com a XP. Iniciava naquele momento uma parceria com muito mais incertezas do que convicções. Em relação a WAY, tinha o imenso desafio de recomeçar do zero, uma empresa fundada em 2008; desta vez tendo como principal parceira a XP, uma corretora que nasceu de um AAI muito bem-sucedido e desbravador.

Meu cenário era bastante nebuloso, pois tratava-se de uma empresa de uma única pessoa, no caso eu, que compartilhava meu tempo, atuando também como responsável da área comercial de uma empresa desenvolvedora de software de gestão para Entidades de Previdência. A partir daí, surgiram vários momentos em que tive que tomar difíceis decisões, como por exemplo, aceitar o ingresso de novos sócios e encerrar meu vínculo com a empresa de tecnologia para me dedicar exclusivamente à WAY.

Quando só nos resta uma opção, não temos escolha e desde que “virei a chave” totalmente para a WAY, a única opção era fazer dar certo.

Naquela época, a XP lutava para consolidar o conceito da plataforma aberta de investimentos, que viria a revolucionar e democratizar os investimentos no Brasil. Lembro com clareza, que em nossas reuniões iniciais de prospecção, o grande desafio enfrentado era transmitir ao cliente que a XP era uma instituição financeira segura, além de explicar qual era o nosso papel como agentes autônomos de investimentos.

A própria XP viveu grandes transformações, recordo que na Expert XP de 2015, a XP possuía “apenas” cerca de 20 Bilhões em ativos sob custódia, muito distante dos inimagináveis 1,2 Trilhões atuais. Nessa jornada nunca deixamos de acreditar no propósito – transformar o mercado financeiro no Brasil e nos valores da XP – sonho grande, mente aberta, espírito empreendedor e foco no cliente. Em momentos em que dúvidas surgiam no mercado, como na compra de participação pelo Itaú, a resposta foi sempre a mais positiva para a continuidade e crescimento da parceria.

Ao longo dessa jornada de dez anos, não faltaram desafios e erros, porém nosso propósito, ética e resiliência prevaleceram e nos trouxeram até aqui.

Gosto muito da citação de Theodore Roosevelt, que li no livro de Brené Brown, em “A coragem de ser imperfeito”:

“Não é o crítico que importa; nem aquele que aponta onde foi que o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está por inteiro na arena da vida, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente; que erra, que decepciona, porque não há esforço sem erros e decepções; mas que, na verdade, se empenha em seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece no final o triunfo da grande conquista e que, na pior delas, se fracassar, ao menos fracassa ousando grandemente.”

Essa é a magia de empreender e liderar! Foi isso que aprendi, dia após dia, ao longo desses 10 anos.

Hoje, somos uma empresa de 1,7 Bi, com 1.900 clientes ativos, com partnership em vigor e um mar de oportunidades pela frente. Crescemos não somente no AUC, mas principalmente como empresa com Governança e Compliance cumprindo seu papel em todos os níveis da WAY. Nosso modelo de negócio, idealizado em 2015, não sofreu nenhuma mudança significativa, continuamos sendo uma empresa que prioriza a proximidade com o cliente e ser sempre a sua primeira opção em qualquer questão financeira e patrimonial.

Concluo esse texto, com um agradecimento a XP pela parceria ao longo desses 10 anos e principalmente a todos os sócios, assessores, colaboradores, parceiros e clientes que contribuíram nesta jornada e construirão os próximos muitos anos da WAY.